A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que representa pequenos e médios frigoríficos de carne bovina brasileiros, reafirmou na segunda-feira (07) sua expectativa de crescimento de 6% nas exportações de carne bovina do país neste ano.
O volume de exportações brasileiras de carne bovina caiu fortemente pelo segundo mês consecutivo em setembro, nas comparações anuais, mas o preço do produto in natura exportado atingiu o maior valor já registrado na série histórica, a US$ 4,24 mil por tonelada.
“No mercado internacional, atualmente, somente o Japão e a Coreia do Sul pagam mais do que a China pelos cortes do dianteiro bovino”, disse a Abrafrigo em comunicado.
Os preços pagos pela China têm aumentado diante da maior demanda do país influenciada pelo impacto dos casos de peste suína africana.
Mesmo após a queda mensal, o volume de exportações brasileiras de carne bovina no acumulado do ano sobe quase 10% em relação aos nove primeiros meses do ano passado, sendo que ainda não refletem os embarques das 17 plantas de carne bovina habilitadas no início de setembro a exportar para a China.
A consultoria Agriffato estimou no fim do mês passado que essas plantas adicionais têm potencial para elevar o volume de exportações de carne bovina brasileira entre 10% e 15% mensalmente, com altas graduais esperadas a partir de novembro.
A Abrafrigo disse que Hong Kong vem reduzindo as compras de carne bovina brasileira gradativamente neste ano, em -12,8% até setembro, enquanto a China Continental elevou as compras em 11,2% no mesmo período.
O Irã também reduziu as compras em 21,8% neste ano, para 51,8 mil toneladas.
Fonte: CarneTec