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Evolução da disponibilidade interna de carne de frango considerados os abates inspecionados

Ainda que a produção inspecionada de carne de frango tenha recuado mais de 2,5% no primeiro trimestre de 2024, a disponibilidade interna do produto teve evolução positiva, apresentando ligeiro aumento (+0,27%). Mas isso só foi conseguido porque, no período, as exportações brasileiras de carne de frango enfrentaram recuo superior a 7% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
Já nos 12 meses transcorridos entre abril de 2023 e março de 2024 os três quesitos evoluíram positivamente. O volume abatido sob inspeção aumentou perto de 1% e as exportações 1,62%, com o que a disponibilidade interna apresentou incremento ligeiramente superior a meio por cento.
Porém, na tabela abaixo, o que mais chama a atenção é o fato de, no último quadrimestre do ano passado (setembro a dezembro de 2023), a disponibilidade interna ter sido continuamente negativa, com queda acumulada de quase 9% em relação aos últimos quatro meses de 2022.
Mesmo assim, graças a expressivos aumentos registrados em meses anteriores (+14% em maio; +11% em junho, por exemplo), a disponibilidade interna no ano que passou foi mais de 1% superior à registrada em 2022.
A despeito dos altos e baixos registrados, a participação da disponibilidade interna na produção total tem permanecido relativamente estável, em torno dos 63%, com variações máximas de cerca de 3% abaixo e acima desse índice.
É sempre importante ressaltar que todos esses resultados referem-se apenas ao frango inspecionado. Ou seja: há uma parcela da produção que, por não se submeter à inspeção, não pode ser exportada, sendo integralmente consumida no mercado interno. Portanto, a quantidade disponível internamente, assim como a participação na produção total são maiores que as apontadas a partir dos dados oficiais.
Mesmo assim, as exportações do produto têm grande peso no setor, pois correspondem a cerca de um terço do total produzido. No setor, participação acima desse índice só na Tailândia, onde o volume exportado representa 70% da produção local. Nos demais grandes exportadores, como EUA e União Europeia, o percentual das exportações gira em torno dos 15%.
Fonte: AviSite