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Aves e suínos ganham fôlego com a queda dos preços dos grãos e cenário exportador otimista

A queda no custo dos grãos favorece margens de até 25 % na suinocultura e impulsiona recordes de exportação de aves, com o Brasil pronto para retomar o mercado chinês sem novos surtos da gripe aviária
Graças ao recuo dos preços do milho e da soja, segmentos de aves e suínos no Brasil devem registrar margens mais atraentes e potencial para novos recordes em produção e exportações neste ano.
Segundo o gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, o setor de aves pode superar os níveis históricos de embarques, mesmo com recente surto de gripe aviária em uma granja de matrizes no RS. “O Brasil pode até renovar os recordes de exportação de frango neste ano” — e, apesar do embargo chinês aos pés e patas, a expectativa é que, sem novos casos, o mercado asiático retome as importações em breve.
Na suinocultura, as margens estão em níveis elevados — na ordem de 25 % — resultado da produção mais disciplinada, custos de insumos controlados e diversificação de destinos de exportação, além da própria China. Países como Filipinas, Chile, Hong Kong, Japão, Vietnã e México aparecem como importantes compradores da carne suína brasileira.
Esse ciclo de “baixa dos grãos” configura um cenário técnico favorável: com ração mais acessível, os produtores se beneficiam diretamente de uma janela positiva para aumentar eficiência e competitividade. Reflete, também, a consolidação de estratégias voltadas à sustentabilidade operacional — em um quadro que favorece a estruturação de exportações, o fortalecimento do mercado interno e a manutenção de patamares rentáveis para os pequenos e grandes criadores.
Fonte: Agrimídia
Foto: CANVA PRO