Notícias

Dados compilados pelo MAPA junto à SECEX/MDIC apontam que embora o volume das carnes bovina, suína e de frango exportado nos 10 primeiros meses de 2025 tenha aumentado pouco mais de 6%, a receita cambial por eles gerada aumentou 19,5%, ultrapassando a casa dos US$25,6. Ou seja: faltando ainda dois meses para o encerramento do ano, a receita cambial do setor alcança 98% do valor anual registrado em 2024, perto de US$26,182 bilhões. A contribuição mais significativa para esse aumento continua vindo da carne bovina.

O volume até agora embarcado aumentou perto de 16%, sendo acompanhado por um incremento de 17% no preço do produto. Resultado: uma receita cambial mais de um terço superior à dos mesmos 10 meses do ano passado e uma participação na receita total próxima de 55,5%. A carne suína também contribuiu para a expansão ora observada. Mas, devido não só à menor participação no volume total exportado, com dados mais modestos que os da carne bovina. Assim, a quantidade embarcada aumentou menos de 14%, enquanto o preço médio obtido apresentou evolução ligeiramente aquém de 8%. Isso propiciou uma receita 23% superior à obtida entre janeiro e outubro de 2024, garantindo para a carne suína uma participação de 11,73% na receita cambial total.

Esse total teria sido muito maior não fosse a carne de frango ter enfrentado os embargos decorrentes do caso de IAAP na avicultura comercial. Em decorrência desses embargos, o volume embarcado no ano sofreu retração de 0,62%, índice de queda que sobe para 7,68% se considerado o produto in natura. De toda forma, o produto in natura ainda registra pequena elevação no preço médio, mas insuficiente para impedir uma queda na receita cambial que, no total, é quase 2,5% menor que a de um ano atrás. Com tal desempenho, a participação do frango na receita global das carnes, da ordem de 30,5%, recuou mais de 18% em relação aos 37,37% de 2024.

Fonte: Avisite

Foto: CANVA PRO