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Segurança alimentar e real desvalorizado beneficiam carnes brasileiras
26/Fevereiro/2020 Os frigoríficos do Brasil devem contar com um cenário de oportunidades nos mercados internacionais de carnes em 2020, diante do aumento na demanda global e fatores que elevam a competitividade do produto brasileiro em relação aos concorrentes, segundo o Rabobank.
O Brasil está livre de casos de peste suína africana e gripe aviária, doenças que estão afetando principalmente a produção de carnes na Ásia. Além disso, a desvalorização do real em relação ao dólar favorece as carnes brasileiras nos mercados globais.
“Além de produtos de qualidade, estamos também ofertando segurança alimentar”, disse o analista de Proteína Animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa, em podcast divulgado no site do banco no início do mês.
“Isso pode ser um ponto bastante positivo em relação à nossa competitividade no mercado internacional.”
No caso da carne bovina, o Brasil também é favorecido pela oferta limitada de outros países produtores concorrentes no mercado de exportação.
Na Austrália, o setor enfrenta redução na oferta de animais como consequência das recentes queimadas, os Estados Unidos estão chegando a um limite na capacidade de produção de bovinos, a União Europeia registra queda de produção e a crise financeira na Argentina está forçando produtores a acelerarem abates para levantar recursos.
O Rabobank estima um aumento de 10,6% nas exportações de carne bovina brasileira em 2020, conforme já divulgado no fim do ano passado.
O déficit global de carne suína também deve trazer oportunidades para o Brasil, levando a um aumento de 14,5% nas exportações em 2020, segundo estimativas do Rabobank.
No caso das aves, o Brasil segue como um importante fornecedor já que é o maior exportador do mundo de carne de frango e o maior fornecedor para o mercado halal. A expectativa do Rabobank é de aumento de 4,1% nas exportações brasileiras desse produto neste ano.
No mercado doméstico, a expectativa geral para 2020 é de uma melhora mais robusta na demanda em relação a 2019, segundo Yanaguizawa.
O ritmo da recuperação da demanda doméstica será crucial para definir o comportamento de preços das carnes no mercado interno.
O Rabobank mantém as perspectivas para crescimentos de 2% na produção brasileira de carne de frango, 3,5% na produção de carne bovina e 4% na de carne suína em 2020.
Fonte: CarneTec