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A BRF S.A. espera que a demanda internacional por proteína animal continue forte em 2020, com maior busca por produtos visando segurança alimentar num cenário de surto de coronavírus, peste suína africana e gripe aviária, disse o presidente da empresa em teleconferência na terça-feira (03).

“Temos uma perspectiva ainda de déficit de produção para atendimento do mercado... A tendência é que exista uma demanda maior por produtos congelados, de marca, com qualidade, com uma busca por melhor segurança alimentar”, disse o presidente da BRF, Lorival Luz.

As importações chinesas devem continuar aquecidas já que o país não conseguirá recuperar toda a sua produção de suínos neste ano, afetada pela peste suína africana. A proibição da comercialização de animais silvestres para consumo alimentar na China após o surto de coronavírus também deve colaborar para esse cenário de maior demanda por carnes importadas.

Luz disse que a BRF ainda não sofreu impactos nas suas exportações para a China relacionados aos efeitos provocados pelo coronavírus na movimentação de cargas. As processadoras de carnes bovinas Minerva e Marfrig relataram dificuldades logísticas na distribuição de produtos na China no início deste ano.

“Não tivemos, até o momento, nenhum impacto nas nossas exportações com relação ao que se noticiou e ao que se está tendo de efeito do coronavírus porque temos relações de longo prazo com transportadores e com empresas de logística, e um time que está localizado há muito tempo nesses países, o que nos assegura um cumprimento dos contratos e uma priorização do manejo dessas mercadorias”, disse Luz.

Ele acrescentou que a empresa continua monitorando a situação e que os efeitos futuros do coronavírus ainda são incertos.

O executivo disse ainda que 2020 deverá ser um ano de volatilidade, mas que a BRF está estruturada para aproveitar as oportunidades que possam surgir neste cenário.

Fonte: CarneTec