O preço do suíno vivo continua em alta no mercado interno, batendo recorde real em algumas praças, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). A alta é atribuída à forte demanda externa pela proteína, principalmente por parte da China, o que tem feito com que a indústria busque animais no mercado independente para garantir sua linha de abates.
Segundo o Cepea, de julho a agosto, a carcaça especial suína se valorizou 18,6%, negociada a R$ 10,12 o quilo na média parcial deste mês.
O centro de estudos informa ainda que, no mercado independente de suínos, a oferta de animais com peso ideal de abate segue restrita, o que contribuiu, nos últimos dias, para novas altas de preço. Segundo levantamento do Cepea, de 11 a 18 de agosto, o suíno posto no frigorífico se valorizou 4,2% no norte do Paraná, atingindo R$ 7,30 o quilo na terça-feira (18). Em Belo Horizonte (MG), a elevação foi de 5,4% no mesmo período, com o animal cotado a R$ 7,80/kg na terça.
Já na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), apesar da retração de vendedores, que aguardam valores ainda maiores, as cotações seguiram estáveis, a R$ 7,28/kg no dia 18.
Essas altas no mercado produtor de animais tem feito com que os frigoríficos repassem a valorização do animal vivo para a carcaça e os cortes suínos, na tentativa de garantir margem positiva, considera o Cepea.
Fonte: Broadcast Agro